February 3, 2005

Estreia de ELEKTRA, o filme

Estreou ontem nos ecrans portugueses mais um filme baseado numa personagem saída dos comics norte-americanos. Após a sua presença em DAREDEVIL (2003), Elektra tem agora direito a uma fita só para si. ELEKTRA (2005), do realizador Rob Bowman, apresenta-nos então a personagem da Marvel, tornada famosa nas mãos do lendário Frank Miller.



As notas de produção do filme dizem o seguinte: "Torturada pelo passado e perseguida pela sua misteriosa morte, Elektra ressuscita. Embora o seu "sensei" a tivesse treinado na rígida disciplina do "ninjutsu", ele não conseguirá domar a sua crescente fúria de vingar o brutal assassínio dos seus pais." Uma rebelde com causa, portanto...



Sem ter visto o filme e, a julgar pelo trailer, parece-me que ELEKTRA será, tal como DAREDEVIL, uma fita mediana. Nada de muito bom (como os excelentes BATMAN e SPIDERMAN 2), mas nada de muito mau - entertenimento simples e eficaz. Também me parece que o filme é claramente um veículo para promover a sua actriz principal, Jennifer Garner, o que nem me incomoda, pois ela até o merece (dentro do género de jovens actrizes-light ela é das melhorzinhas).

De qualquer maneira, são tudo especulações baseadas num trailer. Quem vir o filme que diga de sua justiça.

1 comment:

Passaporte said...

Vi finalmente o filme no sabado passado, e confesso que fiquei bastante decepcionado. Estava à espera de melhor, e isso que sou pouco exigente no que diz respeito a filmes inspirados em Comics (eu gostei do filme Daredevil).

O filme começa muito bem, com uma sequência completamente retirada da história "The Mark", do Elektra #23 (série recente), escrito por Robert Rodi e desenhado por Sean Chen. Mais à frente no filme, é passada também uma idéia recente (penso que do argumentista Frank Tieri) para a personagem, a de que como assassina profissional, quando não tem contratos Elektra fica num grande estado de ansiedade.

Até aqui tudo bem...estamos perante a Elektra assassina. Mas depois tudo se transforma, e a personalidade da Elektra perde-se para ser substituida pelo lado mais lamechas da Jennifer Garner.

Mais coisas que não gostei no filme:

-o fato vermelho. Quando a vestem de preto, a actriz fica mais stealthy, mais elegante e mais próxima da personagem dos comics. O fato vermelho é demasiado folclorico e realça demasiado a altura, largura de ombros e curvas demasiado acentuadas da actriz, tornando-a pesada nos movimentos.

-demasiados poderes fantásticos e poucas coreografias de artes marciais. A luta de Elektra com Kirigi, supostamente o ponto alto do filme, é uma verdadeira seca de filme ninja de segunda categoria. Bem melhores eram as sequências em que ela entra em Daredevil.

-no filme o grupo The Hand está em guerra com o grupo de ninjas brancos liderados por Stick. Bom pormenor. No entanto, desta guerra não se vê uma unica batalha de grupo. Os vilões são um grupo de individuos com características e poderes bem estranhos (Kirigi, Typhoid Mary, Stone, Tatoo e um outro macaco que não sei o nome), que praticamente apenas lutam contra Elektra.

-Terence Stamp tem o look do Stick. Mas falta-lhe algo. E em determinadas alturas do filme chega a esquecer-se que a sua personagem é cega, fitando nos olhos a sua ex-aluna Elektra.

- a história é muito fraca, repetitiva, com pouco interesse e muito out-of-character.

Enfim, a meu ver o filme tinha sido bem melhor se se tivessem concentrado mais na guerra hand vs stick, com Elektra como a personagem dividida entre o grupo que a ressuscitou e iniciou na arte do ninjitsu, mas que a expulsou da escola, e o culto (The Hand) que a tornou numa lendária assassina impiedosa.