October 13, 2006

Oops...a LerComics fez 2 anos.



E não é que ontem, dia 12, fez 2 anos que coloquei este blog na net? O tempo passa mesmo a correr...

Comics Hunter: Mission New York

A primeira vez que fui a Nova Iorque, esperava encontrar comics à venda em todos os quiosques de jornais e revistas. Depressa percebi que não era bem assim, e que teria de procurar lojas especializadas se queria comprar comics naquela que é, sem dúvida, a cidade mais retratada no mundo dos comics americanos.



Ao passear pelas ruas de Manhattan, é dificil não ficar de boca aberta a olhar para cima, observando aqueles prédios recortarem o céu, criando imagens tão familiares de uma paisagem urbana que nos habituámos a ver nos comics e no cinema. É fácil de perceber a inspiração que tal cenário dá aos criadores de comics que trabalham nesta cidade. A todo o momento estamos à espera de vislumbrar um tipo vestido de vermelho e azul balancear-se entre os prédios. Ou ainda vermos de relance um fulano vestido de vermelho desaparecer por trás de um reservatório de água no cimo de um dos edificios de Hell's Kitchen.

Mas voltando às lojas, apesar de não se encontrarem por todo o lado, Nova Iorque tem uma grande variedade, sendo apenas necessário saber onde procurar. Aqui ficam algumas que visitei, no centro de Manhattan:



MIDTOWN COMICS TIMES SQUARE
200 W 40th StNew York, NY 10018-1505, US
http://www.midtowncomics.com

Quem é que já leu comics e nunca viu um anúncio desta loja? Situada bem perto de Times Square, a Midtown Comics é aquela loja a que têm de ir, caso apenas tenham tempo para ir a uma. Com dois andares de loja, aqui podem encontrar de tudo, desde comics recentes a trade paperbacks, back issues, action figures, estatuetas, filmes e muito mais merchandising.

A loja faz esquina entre a 40th Street e a 7th Avenue, e parece fácil de encontrar graças ao painel publicitário do Spider-man, no exterior do edificio. Seria mais fácil se nesta rua não existissem centenas de painéis publicitários, como é comum nesta parte da cidade. Depois de descobrir o prédio, há que encontrar a entrada. A alguns metros da esquina da rua, no lado da 7th Av, depois de passar por outras lojas, encontramos uma porta estreita que dá para uma escadaria que leva ao 1o andar, onde se situa a entrada da loja.



No primeiro andar da loja, existe uma parede dedicada aos comics recentes (lado esquerdo da imagem, mas direito de quem entra), e muitas estantes com livros e tradepaperbacks. Um pormenor que achei curioso, e que na imagem se pode ver, é a existência de uma linha amarela e preta no chão, paralela à parede das novidades. Na linha pode ler-se algo como "stand behind this line". O objectivo desta medida é evitar que o pessoal fique a consultar os livros colado às novidades, permitindo assim que outros clientes tenham fácil acesso aos mesmos livros, mesmo com a loja cheia.



No 2o andar da loja, encontram-se os back issues e a maior parte do merchandising, estatuetas e figuras. Se bem me lembro, a loja tinha também expostas algumas peças de memorabilia, estilo Hard Rock Cafe. Peças como o escudo do Captain America, ou o martelo do Thor. Mas é possível que algumas destas peças entretanto tenham mudado de sítio, uma vez que a Midtown Comics abriu também uma outra loja no lado Este de Manhattan, perto da Grand Central Terminal e do Chrysler Building. Ora aí está uma loja que da próxima vez não posso deixar de visitar.



JIM HANLEY'S UNIVERSE - MANHATTAN
4 W 33rd StNew York, NY 10001-3302, US
http://www.jhuniverse.com/

Bem perto do Empire State Building, encontra-se a loja Jim Hanley's Universe. Esta loja só tem um andar, mas o espaço é bem grande, e o modo como está exposto o material facilita a consulta. Como se pode ver pela foto, existem várias estantes ao longo da loja. Os comics estão expostos de um lado e do outro das estantes, organizados por editoras e por ordem alfabética. As paredes da loja estão decoradas com t-shirts e posters. T-shirts é algo que não falta aqui, existindo mesmo uma área dedicada no fundo da loja. O corredor mais à esquerda, de quem entra, é dedicado a action figures e merchandising variado. Logo à entrada existem dispositores com estatuetas, algo comum de encontrar nestas lojas de comics.

Os TPBs encontram-se também nas estantes no centro da loja. A exposição de livros e comics torna esta loja uma bom sítio para comprar livros dos quais não iamos à procura, mas que ao passear pelos corredores nos saltaram à vista. Por outro lado, com esta disposição torna-se mais dificil separar as novidades do resto do material.



COSMIC COMICS
10 E 23rd StNew York, NY 10010-4402, US
http://www.cosmiccomics.com

Continuando em direcção a sul, perto do Madison Square Park - não confundir com o edificio Madison Square Garden, palco de grandes jogos da NBA, concertos e outros eventos - encontra-se a loja Cosmic Comics na 23rd Street. Mais modesta que as lojas anteriores, é ainda assim uma boa loja para visitar, pois dispõe de uma boa colecção de back issues. Segundo um amigo meu, é também nesta loja que se encontra a vendedora de comics mais bonita que ele alguma vez viu. Mas no dia em que visitei esta loja ela devia estar de folga, pois por trás do balcão estavam os "clerks" do costume. :)

E por hoje é tudo. Falta apenas dizer que algumas destas lojas apostam forte em publicidade, incluindo folhetos promocionais e cupões de desconto que se conseguem encontrar nos Hóteis e postos de turismo. Nada mau, hem?

September 14, 2006

Nova equipa de Runaways

A Marvel já anunciou quem irá substituir Brian K Vaughan e Adrian Alphona no titulo Runaways. Trata-se da dupla Joss Whedon e Michael Ryan.

Runaways tem, aos poucos, vindo a estabelecer-se quase como um titulo de culto. Aos fãs leais deste titulo vão agora juntar-se os leais seguidores de Whedon, um especialista em obras de ficção de culto como Buffy, the Vampire Slayer e Firefly. Em termos de história, penso que não se vai notar muita diferença. Whedon e Vaughan são escritores com um estilo parecido, actual e dinâmico, cheio de referências a elementos da cultura pop. Contemporânea e não só.

Quanto à arte, Ryan é bem distinto de Alphona. Pode-se dizer que Ryan está mais perto do estilo mais comum dos comics de super-heróis, algo que Alphona não tinha e que de algum modo ajudou este titulo a ganhar alguma notoriedade e aprovação da critica. Algo que também não joga muito a seu favor, é o facto de ser habitual o recurso a fill-in artists. Pelo menos isso já aconteceu em New Excalibur, um titulo que ainda só vai na dezena de números. Consistência na escrita e arte é algo que ajuda a cimentar relações entre um titulo e o seu público alvo.

Seja como for, a saída dos criadores iniciais da série - Vaughan e Alphona - seria sempre algo dificil de contornar. Com Whedon como timoneiro pode ser que a série ainda se aguente bem, e a arte de Michael Ryan é juvenil que baste para se adequar a estas personagens. Não é o Stefano Caselli, é certo, mas podia ser muito pior.

New Excalibur - Michael Ryan
Runaways - Adrian Alphona

September 12, 2006

Stefano Caselli

Stefano Caselli nasceu em Roma, e depois de ter frequentado a "Scuola Romana dei Fumetti" - Escola Romana de BD (por assim dizer) - começa por mostrar-se ao mundo através de pequenas histórias na revista Playboy Italia, e como artista de storyboards de publicidade.

Já trabalhou para a Marvel como fill-in artist, e colaborou com Marv Wolfman no titulo Defex, da editora Devil's Due. Neste momento, podemos ver a sua arte na mini-série Young Avengers & Runaways, integrada no mega-evento Civil War que a Marvel está a publicar.

Normalmente estes titulos satélite de grandes eventos são atribuidos a artistas a atirar para o mediocre. Mas felizmente, não é este o caso. Foi uma boa surpresa ver a arte de Caselli neste titulo, e era muito bom vê-lo continuar a trabalhar para a Marvel, em Young Avengers ou Runaways, por exemplo.

Quem sabe não seja ele o artista que irá substituir Adrian Alphona em Runaways, uma vez que este e Brian K Vaughan já anunciaram que iam deixar este titulo, no número 24 do segundo volume desta série.

August 9, 2006

SDCC e WWC

Já lá vai algum tempo, desde que escrevo alguma coisa aqui no BLOG. Queria ter uma boa desculpa, tal como "Malta, vim agora dos Estados Unidos onde visitei as Comic-Con de San Diego e a Wizard World Chicago, e por isso é que estive este tempo todo sem dar noticias". Mas não. Infelizmente a causa do meu silêncio é tão chata e deprimente como "Não tenho tido mãos a medir com trabalho."


Anyway, as convenções de Comics lá correram, e devido à razão mencionada acima nem consegui acompanhar muito bem as noticias que de lá vieram. Felizmente que há sites bem organizadinhos onde se consegue obter essa informação.

Aqui ficam dois links muito úteis para quem quiser saber o que se passou em San Diego e Chicago.


May 23, 2006

Comics Hunter: Mission Vienna


Viena, cidade magnifica conhecida pelos seus palácios, jardins e monumentos. Na imagem acima podemos ver a deusa Athena, à frente do Parlamento. Excelente setting para um futuro filme da Wonder Woman, não acham ?

Não é dificil encontrar banda desenhada norte-americana em qualquer quiosque de revistas da capital da Austria, mas apenas edições em alemão. Titulos como Die Ultimativen X-Men, por exemplo. Mas existem também lojas especializadas onde se consegue encontrar comics importados dos Estados Unidos, trade paperbacks, action figures e o merchandising do costume.

Aqui fica um par de exemplos de lojas dessas, que vale a pena visitar.



Comic Treff
Barnabitengasse 12, A-1060 Wien

A loja que mais gostei foi, por coincidência, a última a que fui. Fica bem localizada, perto do centro de Viena e junto a uma avenida com muito comércio, a MariahilferStrasse. Nesta loja têm comics muito recentes, acabados de sair nos Estados Unidos. Para terem uma idéia, foi aqui que comprei o Civil War #1, no dia 9 de Maio, menos de uma semana depois de ter saído nos Estados Unidos (dia 3). A loja é grande, espaçosa, e bem organizada. É fácil de encontrar o que se procura, quer sejam comics recentes, back issues ou tpbs. O pessoal da loja é muito simpático, prestável, e vê-se que conhecem bem o material que têm à venda, quer o editado na europa quer o importado. Têm também uma boa selecção de DVDs de animação, japoneses e não só. Há tempos falei aqui no blog do filme Ultimate Avengers, que ia sair. Pois bem, também foi nesta loja que o consegui arranjar. Se estivesse de novo em Viena e só tivesse tempo para ir a uma loja, era à Comic Treff que ia.



Runch! Comics & Toys
Burggasse 62, A-1070 Wien

Não muito longe do centro, esta loja destaca-se principalmente pela quantidade incrivel de action figures e merchandising que tem. É também possível encontrar comics importados aqui, mas é mais dificil arranjar novidades. Em termos de organização é bem pior que a anterior. Comics mais recentes estão junto a números mais antigos, há bonecos por todo o lado, e tem uma secção de back issues a preços da chuva, mas de dificil acesso. Isto porque são muitos, e estão enfiados à sorte naquelas caixas tipicas de back issues impossiveis de consultar sem retirar os livros um a um. A loja mudou recentemente para a morada que indico, pelo que cuidado com a morada que obtêm caso façam uma pesquisa na net.

E agora, algo completamente diferente....



Damage Unlimited
Mariahilfer Str. 23-25, Eingang Theobaldgasse 20, A-1060 Wien

Esta não é uma loja de comics, mas sim uma loja de jogos de estratégia. Aqui podem encontrar jogos de todo o tipo: estratégia, tabuleiro, miniaturas, cartas, rpgs, jogos de pc e consolas, e ainda um verdadeiro pronto a vestir de fardas de soldados da idade média, máscaras de ogres, de trolls, espadas, machados, etc. Apesar de toda a variedade de jogos que oferece, a loja está muito bem organizada, é fácil encontrar o que se procura. É a primeira loja do género que visito onde se nota que houve trabalho de decoração de interiores, não só no sentido estético do termo mas sim, e principalmente, no modo como o mobiliário facilita a arrumação e permite facilmente alcançar o material exposto. Desde módulos de gavetas em bases rotativas para guardar, por exemplo, expansões antigas de Munchkin, até prateleiras fechadas de vidro assentes em calhas deslizantes onde expõem figuras de warhammer, heroclix, e outros jogos de miniaturas. E, com o simples deslizar das prateleiras, facilmente se alcançam os boosters e starters que se encontram na parte de trás. Têm versões dos jogos de que dispõem em alemão e inglês. Imperdível, para qualquer aficionado a jogos. E, tem a vantagem de estar mesmo ao lado de um Starbucks da MariahilferStrasse.... Ah, que saudades de um bom Mocca Frappuccino...

April 13, 2006

À espera da Civil War...

Antes que me acusem de só ler DC, aqui ficam alguns comentários a coisas que tenho lido da Marvel. É um facto que o Decimation tem vindo a esmorecer...e neste momento estou ansioso pela Civil War, para agitar um bocado as coisas. Mas ainda vai havendo uns quantos arcos interessantes nalguns titulos.

Daredevil #82 - Bendis e Maleev já eram. Deixaram sem duvida a sua marca neste titulo, nem que não seja por terem exposto a identidade secreta do Daredevil e feito várias histórias que lidavam com as consequências de tal revelação. Eu gostei do seu trabalho, mas a verdade é que já andava um bocado cansado de tanto diálogo, e da arte do Maleev. Agora com a nova equipa criativa, Ed Brubaker e Michael Lark, o feeling de história pulp de crime mantém-se, mas o Brubaker enrola menos que o Bendis, tornando a história mais dinamica e agradável de acompanhar. Por outras palavras, acontecem mais coisas num número escrito por Brubaker do que em 4 escritos por Bendis. Em termos de arte, Maleev e Lark são parecidos, o que acaba por ser bom para manter a tonalidade sombria deste titulo. Ainda assim, gosto mais de Lark do que de Maleev. Nesta primeira história, Matt Murdock está preso enquanto aguarda julgamento, e está a ser equacionada a possibilidade de o porem na mesma ala em que se encontram tantos e tantos criminosos que ele ajudou a prender enquanto Daredevil. Só isto chegava para tornar a história interessante, mas Brubaker recorre a mais um trunfo: uma personagem bem conhecida morre.

Astonishing X-Men #13 - O regresso de Joss Whedon e John Cassaday. Depois dos excelentes 12 primeiros números desta série e de um intervalo bastante prolongado, Whedon e Cassaday estão de volta para mais histórias de intriga, traição e acção, naquele que eu considero o titulo X que mais respeito tem pela personalidade e passado das personagens mutantes que usa. Neste novo arco, iremos assistir ao regresso do Hellfire Club, com nova formação.





Ultimates Vol2 #10 - Ultimates disassembled :) Uma nova equipa, os Liberators, está a dizimar a equipa dos Ultimates. A unica coisa que falta para tornar esta história épica é um combate entre equipas. Mas os Liberators foram mais espertos, e foram apanhando separadamente cada um dos heróis de Ultimates. Ah, e como custa ter um traidor na equipa... Millar e Hitch continuam a dar cartas no melhor titulo da linha Ultimate, mas ainda assim acho que se começa a notar alguma ... falta de idéias.





X-Men Deadly Genesis - Então não é que houve uma outra equipa de X-Men entre a original e a introduzida no Giant Size X-Men ? Quem eram ? Qual foi o seu aparentemente fatal destino ? E porque é que este tipo de revelações do passado obscuro do Xavier aparecem sempre em alturas em que este não está presente para se defender ? :) Boa arte, revelações chocantes, e boa interacção entre personagens.






Captain America - E lá está o Brubaker outra vez. Depois da emotiva história do Winter Soldier, Brubaker foi buscar agora dois vilões de segunda categoria da galeria de inimigos do Captain America para brincar um pouco ao Natural Born Killers. Crossbones e Sin, a filha do Red Skull, andam numa road trip a matar tudo o que lhes aparece à frente.

April 12, 2006

2º Festival Internacional de BD de Beja


Decorre entre 8 e 29 de Abril a 2ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja.
O Festival conta com exposições de autores nacionais e estrangeiros, como Carlos Pacheco (Espanha), Daniel Maia (Portugal), George Pratt (E.U.A.), Lourenço Mutarelli (Brasil), entre outros.

O programa inclui conferências, sessões de autógrafos, lançamentos, concertos, exibição de filmes, workshops, etc.

Podem saber tudo sobre este festival no seu site oficial.

April 11, 2006

One Year Later...

"One Year Later" é o mais recente tema de fundo a correr o universo DC. Vários titulos da DC estão a sair já com este "carimbo" na capa, e a idéia é contar histórias que se passam Um Ano Depois dos acontecimentos de Infinite Crisis.

Não é um recontar de origens. Não é um mega crossover a atravessar o universo DC como foi/é Infinite Crisis. Antes pelo contrário, parece ser uma rampa de lançamento para boas novas histórias, sem grandes interligações entre titulos, excepto onde apropriado. O facto de se ter passado um ano sem saber o que aconteceu a estas personagens, é bem aproveitado de modo a fornecer um bom jumping on point para quem queira ler estas histórias, sem ter de se preocupar com o que aconteceu antes.

Claro que a DC pretende capitalizar contando o que se passou nesse ano, preenchendo a lacuna entre Infinite Crisis e One Year Later com uma maxi-serie chamada "52". Tudo bem. Quem quiser saber tudo, tem aí a sua oportunidade. Mas depois da confusão que foi/está a ser Infinite Crisis, One Year Later traz de volta uma simplicidade às histórias das personagens principais da DC da qual eu já tinha saudades. A DC parece tentar simplificar o seu universo com One Year Later. É um "back to basics" que a meu ver está a ser atingido com sucesso.
Aqui ficam os meus comentários a alguns dos titulos que já sairam sob a temática One Year Later...



Detective Comics #817 e Batman #651 - É um dos exemplos onde é apropriado juntar titulos para simplificar o papel da personagem Batman em One Year Later. Os dois titulos principais do morcego irão ver uma história de 8 partes - Face the Face - onde podemos assistir ao regresso do Batman a Gotham, depois de um ano ausente. Escrito por James Robinson com arte de Leonard Kirk (Detective Comics) e Don Kramer (Batman), esta história traz também de volta uma personagem carismática do universo Batman: o comissário James Gordon. Nos primeiros números podemos perceber que alguém anda a eliminar personagens da galeria de vilões do Batman. Ok, as vitimas não são nenhum Joker nem Pinguin, para já, mas pode-se perceber que há um serial-batvillain-killer à solta.É bom ver alguma consistência na escrita entre estes dois titulos, e mesmo a nivel de arte, está bastante bom. Há já algum tempo que não me interessava tanto por uma história do Batman.



Robin #148 - Um ano mais tarde...Robin encontra-se a lutar com um oponente que lhe está a levar a melhor. Ofuscado por uma luz forte, Robin consegue acertar no seu inimigo, e aparentemente de um modo fatal, pois este jaz morto no chão à sua frente quando Robin recupera a visão. Qual não é o espanto quando Robin consegue ver que estava a lutar com a ... Batgirl? Assim começa uma história em que Robin é tramado e acusado de homicidio, escrita por Adam Beechen (Justice League Unlimited), com desenhos de Karl Kerschl (Action Comics), a nova equipa criativa deste titulo. Na capa (de Ed McGuiness), podemos ver outra novidade do titulo: o novo uniforme de Robin. Bom ritmo, história interessante e que promete vir a consagrar a personagem Tim Drake como um digno sucessor do titulo de World's Greatest Detective que o Batman detém.



Nightwing #118 - E do novo Robin, para o Robin original. Um ano mais tarde, Dick Grayson encontra-se em Nova Iorque. É na Big Apple também que um vigilante de nome Nightwing luta contra o crime, de um modo bastante violento por sinal, chegando a matar alguns criminosos. Mas será que este Nightwing é o nosso conhecido ex-parceiro do Batman, ou será outro sujeito a querer tomar o seu lugar? Quem sabe, até é um outro ex-parceiro do Batman, um tal Jason Todd... Bruce Jones escreve, Joe Dodd desenha.






Superman #650 - Tal como em Detective Comics e Batman, os titulos Superman (ex-Adventures of Superman) e Action Comics também vão ter uma história em 8 partes (Up, Up and Away), onde iremos ser reapresentados ao Superman. Geoff Johns e Kurt Busiek são responsáveis por esta história, que tem desenhos de Pete Woods. Um ano após Infinite Crisis, vemos Clark Kent a funcionar a 100% como reporter, e a ter sucesso nessa função. Será que já não há Superman? E agora, quem vai lutar contra os supervilões que assolam Metropolis?






Green Arrow #60 - A nova fase do Green Arrow é desenhada por um novo artista neste titulo, Scott McDaniel. Na escrita continua Judd Winick, que nos irá contar as aventuras do novo mayor de Star City: Ollie Queen. Presidente da Câmara de dia, vigilante à noite. Qualquer semelhança com algum concelho portugues é pura coincidência :)









JSA #83 - E enquanto não chega a nova JLA, vou-me entretendo com a JSA, a equipa que junta várias gerações de heróis. Há já algum tempo que queria ler alguma coisa desta equipa - desde o especial JLA/JSA: Virtue and Vice, desenhado por Carlos Pacheco. Mas até agora não tinha encontrado uma boa altura, com arte que me agradasse, para me juntar à festa. Isso mudou com One Year Later, que traz para este titulo o artista Rags Morales (Identity Crisis). O argumentista é Paul Levitz, um criador habituado à JSA.

March 22, 2006

Ramos ao Sol

Mesmo quem não goste da arte de Humberto Ramos, tem de admirar o seu profissionalismo e vontade de fazer experiências com o seu estilo. Depois da mini-série Revelations, em que apresentou um estilo de arte bem diferente do seu habitual, e ter sido anunciado como o novo artista do titulo Wolverine da Marvel, a nova aventura deste jovem autor consiste no lançamento de uma nova série de albuns para a editora francesa Soleil. Com este trabalho, Ramos passa assim a estar também presente na BD franco-belga. O primeiro album sairá em Março deste ano, em França.


"K" é escrito por Hicks Crisse, desenhado por Humberto Ramos e arte-finalizado por Carlos Cuevas, que também trabalha com o autor em Wolverine. A cor está entregue a Leonardo Olea. Irá sair um album por ano, durante 3 anos.

Quem sabe isto não venha a ser um incentivo para que este autor seja convidado a um dos próximos eventos de Banda Desenhada do nosso país... Era bem bom.

Tal como Humberto Ramos, também outros autores de comics americanos têm trabalhos agendados para a editora francesa. Podem saber mais sobre estes aqui :

Newsarama - Comics From France: Looking At Soleil

March 17, 2006

2ª Grande Mostra de Jogos de Estratégia do Seixal

Aqui fica um aviso para o pessoal que gosta de ver personagens dos Comics em outros ambientes, nomeadamente em jogos de estratégia.

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2.ª Grande Mostra de Jogos de Estratégia do Seixal
25 de Março (sábado) 14.00h às 20.00h
Independente Futebol Clube Torrense

Demonstrações: “Magic: The Gathering”, “Senhor dos Anéis”, “Yu-Gi-Oh”, “Pokemon”, “Duel Masters”, “Heroclix”.

Uma tarde dedicada aos jogos de estratégia. De um lado, pode assistir-se à demonstração de vários jogos de cartas, de tabuleiro e miniaturas, enquanto que os mais experientes estão convidados a participar nos torneios, disputando um prémio final.
A 2.ª Grande Mostra de Jogos de Estratégia está aberta à participação de todos. E para quem não domina ainda as técnicas, há pessoal especializado e experiente pronto a ajudar.
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Mais informações em
http://www.cm-seixal.pt/mj2006/+marco_jovem/jogos_estrategia.html
http://projectoficcoes.no-ip.com/

Na secção Agenda do site dos organizadores do evento, Projecto Ficções, encontra-se um formulário para quem estiver interessado em pré-inscrever-se nos torneios.

March 7, 2006

Blog Chain


Há um par de semanas atrás, o blog Notas B.D.filas lançou-me um desafio que pelos vistos tem andado a correr blogs. Em traços simples, o que se pretende é que o dono de cada blog revele 5 traços da sua personalidade, e passe a bola a outros blogs que conheça. Gostei da idéia, e com algum atraso, aqui ficam então 5 traços da minha personalidade de leitor de Comics.

1) Prefiro comics a TPBs. Eu sei que os TPBs ficam melhor na prateleira, são mais fáceis de arrumar, as histórias são quase sempre completas e, por isso, mais interessantes de ler de uma assentada. Mas não sei porque adoro o formato comic de 22 páginas. Talvez por ser tão prático de ler. Talvez por ser mais acessível do ponto de vista económico. Acho que se em vez de comprar comics comprasse em TPB tudo o que leio em comic, não comprava nem metade das coisas que leio. Bem sei que fazendo as contas, os TPBs até saem mais baratos. Mas o dinheiro assim sai mais facilmente do bolso. E não tenho de esperar tanto tempo até poder ler as mesmas histórias.

2) No par arte/argumento que compõem um comic, dou sensivelmente mais importância à arte que ao argumento. Isto é um pouco subjectivo - depende do artista, depende da história, depende do argumentista - mas de um modo geral, é para mim mais fácil aguentar uma história que não goste se gostar do artista, do que o contrário.

3) Compro demasiados comics. Não consigo resistir, e muitas vezes arrependo-me à posteriori. Ou porque afinal aquele titulo novo que me despertou tanto interesse acabou por não ser nada de especial, ou porque me deixei enganar pelas técnicas de crossover das editoras que espalham histórias por diversos titulos,... Enfim. Tenho tentado controlar o impeto de comprar mais e mais comics, até porque cada vez tenho mais problemas de espaço, mas há tanta coisa que gosto a ser publicada que às vezes é dificil. Onde vou guardar tanto comic ?

4) Sou mais adepto da corrente mainstream dos comics americanos, do que da corrente independente. Isto apesar de ler regularmente alguns titulos que considero pouco mainstream, normalmente da editora Vertigo. As histórias de super-heróis conseguem ser mais do que um grupo de tipos vestidos em spandex a dar porrada num grupo antagonista cujo principal objectivo é conquistar o mundo. O comic ideal, para mim, tem um bom argumentista a contar uma história interessante com personagens com as quais cresci, em que consiga identificar claramente essas personagens pelo modo como falam e agem, desenhado por um tipo que tenha em atenção o detalhe dos backgrounds, que saiba exprimir emoções nas caras das personagens em situações dramáticas, e muito dinamismo nas sequências de acção.

5) Detesto vacas sagradas. Chateia-me que existam autores que de algum modo tenham atingido um tal estatuto de invulnerabilidade que obriga a que toda a gente tenha de gostar de todos os trabalhos desse autor. Estou a lembrar-me de nomes como Alan Moore, Neil Gaiman e Grant Morrison. Qualquer um destes autores tem trabalhos que eu gosto, mas por vezes a aura quasi-religiosa com que os seus fãs os tratam faz com que acabe por me dar vontade de não prestar tanta atenção ao seu trabalho, ou mesmo de não gostar. De propósito. Apenas para manter algum equilibrio de opiniões.

E mais havia a dizer, mas 5 é mais do que suficiente, acho.
Sendo assim, passo a bola aos seguintes Blogs, que são livres de dar seguimento ou não, claro. Esta não é uma daquelas correntes que promovem acontecimentos desagradáveis a quem não a siga. :)

Bloguimia

Ritmos Presos

Mundo Fantasma

February 16, 2006

David Finch em Spider-man Unlimited #14

A imagem acima é nem mais nem menos que a primeira página da história "Without a Trace", de C.B.Cebulski, que irá ser publicada em Spider-man Unlimited #14. Normalmente fujo dos titulos Unlimited, porque nem as histórias são significativas para as personagens, nem os artistas costumam ser do meu agrado. Mas desta vez não vou conseguir resistir. David Finch está em grande forma, como se pode ver na imagem. É este o meu tipo de arte preferido nos comics: detalhado, com planos ousados, backgrounds grandiosos, e muito movimento. Para já, este Spider-man Unlimited vai ser um bom aperitivo, enquanto não chegar cá a nova série de Moon Knight, que este artista irá desenhar.

Podem ver mais páginas de preview deste título nos sítios do costume, como por exemplo aqui.

February 14, 2006

Wondercon 2006


No fim de semana passado teve lugar mais uma Wondercon, em San Francisco. Aqui ficam alguns comentários a novidades e curiosidades que aconteceram por lá. Infelizmente, desta vez só sei o que se passou pela net :-( , mas é melhor que nada.

Frank Miller anunciou que já arte-finalizou 120 páginas de uma graphic novel original de 200 páginas do Batman, chamada "Holy Terror, Batman!". Segundo palavras do autor, o livro é nem mais nem menos que "uma peça de propaganda na qual o Batman dá uma abada à al-Qaeda". "O Superman deu um murro ao Hitler, assim como o Captain America," disse Miller. "Parece um bocado parvo o Batman andar atrás do Riddler, quando existe a al-Qaeda." A ver vamos se esta graphic novel não vai trazer problemas ao autor. Espero que não, mas nos tempos que correm, nunca se sabe.

Grant Morrison e Jim Lee vão colaborar numa nova série bi-mensal de Wildcats, que terá inicio em Agosto. Com Wildcats, Morrison disse que irá procurar contar histórias adultas de superheróis. Não necessariamente com conteúdos adultos explicitos, mas sim com idéias e motivações adultas. Também disse que tem intenção de recuperar algum do exibicionismo excessivo da Image dos anos 90. Disse que quer ver gente bonita a fazer coisas espantosas. Estou curioso de ver a reacção dos fãs de Morrison a esta tendência, e se de repente a Image dos anos 90 vai deixar de ter a conotação acentuadamente negativa que é costume ver esses fãs expressarem.

Para além de Wildcats, Grant Morrison irá também tomar conta de outro grupo da Wildstorm: The Authority. Nesta nova série, também bi-mensal que irá começar em Setembro, Morrison irá contar com a arte de Gene Ha, um artista que tanto quanto sei será mais "simpático" para os apreciadores de Morrison que o Jim Lee. Eu gosto muito de ambos, pelo que não me posso mesmo queixar. Os planos de Morrison para Authority consistem em devolver ao grupo o papel de potencia que parece ter vindo a perder.

Gen13 regressa em Setembro, com Gail Simone e Talent Caldwell. Segundo o editor Scott Dunbier, Simone trata muito bem personagens adolescentes, e traz à série muito sentido de humor. Mas ele também não ia dizer o contrário, certo ? Esta nova fase da vida do grupo de adolescentes mais conhecido da Wildstorm será desenhada pelo Talent Caldwell, o artista cujo estilo se confunde facilmente com o de Michael Turner.

Grant Morrison foi anunciado como o próximo argumentista do titulo Batman, depois da história de 8 partes que James Robinson irá contar em Batman e Detective Comics, com inicio em Março. Rumores apontam para um dos irmãos Kubert como o artista que irá acompanhar Morrison. Este Morrison está em todo o lado.

Brad Meltzer e Ed Benes serão os autores do novo titulo da Justice League of America que irá ser lançado em Agosto. É o regresso do escritor a estas personagens, depois do sucesso que foi a
mini-série Identity Crisis.

"52", a maxi-série de 52 números que se segue a Infinite Crisis, irá reestabelecer o universo DC como um universo coeso, relacionando personagens e eventos. Os artistas desta série serão muitos, mas as principais cabeças por trás de toda a história serão Geoff Johns, Mark Waid, Greg Rucka e Grant Morrison.

Como de costume, a Marvel esteve um pouco apagada nesta Wondercon, pelo menos no que diz respeito a noticias. Para além de anunciarem o contrato de exclusividade de Peter David por 3 anos, pouco mais fizeram que dar a conhecer novas imagens do terceiro filme de X-Men.
500 sortudos ganharam posters do novo filme X-Men: The Last Stand. O poster do filme apresenta Hugh Jackman, Famke Janssen, Halle Berry e Anna Paquin de volta às personagens Wolverine, Phoenix, Storm e Rogue. Mas o grande entusiasmo do publico foi para as novas personagens do filme, Beast e Angel, representados pelos actores Kelsey Grammer e Ben Foster.

February 9, 2006

Humberto Ramos em Wolverine

Depois de House of M, Logan recuperou totalmente a memória. Mas isso acabou por lhe trazer mais perguntas do que respostas, facto que o faz andar agora numa autêntica volta ao mundo (do Japão ao Canadá) à procura de solução para as mesmas. Daniel Way, Javier Saltares e Mark Texeira estão a fazer um bom trabalho em Wolverine, na actual história "Origins & Endings".



Mas pelos vistos só vão fazer essa história, uma vez que a Marvel já anunciou a nova equipa criativa de Wolverine. A partir do #42, Marc Guggenheim será o responsável pelo argumento, enquanto que a arte estará a cargo de Humberto Ramos.

Já falo do Marc. Para já, vamos à arte.

Eu sou mais adepto de arte realista do que de arte cartoony. No entanto, há algo na arte do Humberto Ramos que me agrada muito. Talvez seja o detalhe que ele põe nos cenários. Talvez seja a composição e storytelling das páginas. Talvez seja o "mood" que ele consegue transmitir nas personagens, mesmo com os exageros anatomicos tipicos de uma arte mais próxima do cartoon. Ou talvez seja tudo isto à mistura. Seja como for, gosto muito da arte do Humberto Ramos, e sei que vou já ficar a contar os meses até chegar cá o primeiro número feito por esta equipa. Por enquanto, posso satisfazer a curiosidade do que aí vem no site da Newsarama, onde está uma entrevista ao Guggenheim muito bem acompanhada de algumas páginas do Ramos.

Não me lembro de já ter visto alguma vez o Humberto Ramos a desenhar o Wolverine. Pelos previews, parece-me que o estilo do Humberto Ramos irá ser parecido ao que Jeff Matsuda usou há anos atrás, neste mesmo titulo. Mas com a vantagem de Ramos ser muito mais completo que Matsuda, pelo menos no que diz respeito a backgrounds. A ver vamos que tal se vai dar com esta personagem. De uma coisa tenho a certeza: olhos maiores ou menores, maxilares exagerados ou não, o Wolverine de Humberto Ramos irá concerteza ser uma "force of nature" a respeitar.

Quanto ao argumento, tanto quanto sei a primeira storyline irá coincidir com a Civil War da Marvel, pelo que deve estar de algum modo relacionado. O argumentista, Marc Guggenheim, já fez alguns pequenos trabalhos na área dos comics, em Aquaman e Punisher. Mas é mais conhecido como argumentista de séries de TV como "The Practice" e "Law & Order", ambas passadas num mundo que lhe é familiar, uma vez que ele próprio é advogado. Colaborou também com a Microsoft no script do jogo "Perfect Dark Zero", para a Xbox 360.

February 3, 2006

Morreu Seth Fisher

Soube hoje que Seth Fisher, autor americano residente no Japão, ao que parece morreu vítima de uma queda de sete andares, ao cair do terraço de um clube em Osaka, Japão.

Autor de comics como Vertigo Pop Tokyo, Green Lantern: Willworld e Flash: Time Flies, Fisher conquistou a todos os que o conheceram no FIBDA de 2004 com a sua simpatia e excentricidade. Eu fui um dos sortudos que teve oportunidade de o conhecer por alguns minutos, durante um workshop que Fisher deu no FIBDA, e apesar da brevidade do workshop, posso dizer que aprendi bastante com ele.

Nestas alturas, tudo que possa dizer vai soar a lugar comum. Mas não consigo deixar de expressar o choque e "estranheza" que sinto de cada vez que alguém novo, com tanto para dar, perde assim a vida de um momento para o outro, de um modo tão trágico. Nestes momentos sentimos o quão frágil a vida humana é.

Podem encontrar mais informações no site da Newsarama.

January 18, 2006

X-Men Legends II: Rise of Apocalypse

A sequela do jogo X-Men Legends dá-nos de novo a hipótese de controlar equipas de X-Men (4 personagens de cada vez), num RPG cheio de acção e poderes mutantes. O fim do primeiro jogo, em que se vê aparecer o Apocalypse, fazia adivinhar qual seria o tema desta sequela. Inspirada em várias histórias dos comics, este jogo começa numa altura em que Apocalypse dominou o mundo, e os X-Men vêem-se obrigados a unir forças com a Brotherhood of Evil Mutants para
derrotar o terrível vilão. Os cenários são incrivelmente detalhados, e as personagens têm todas as características que nos habituámos a ver nos comics.

Para além da novidade interessante de se poder jogar com novas personagens, incluindo membros da Brotherhood como o Magneto, ou o Juggernaut, há um detalhe engraçado para os verdadeiros apreciadores dos comics: é que podemos escolher vários uniformes para cada personagem. Enquanto que em X-Men Legends estávamos limitados a usar o uniforme que as personagens têm em Ultimate X-Men (ainda que durante o jogo se percebesse que das versões ultimate apenas detinham o aspecto, uma vez que em termos de história o background era o da linha normal da Marvel), em X-Men Legends II, dependendo da personagem, podemos escolher entre os uniformes ultimate, os uniformes actuais, os uniformes clássicos, e ainda o aspecto que as personagens tinham na saga Age of Apocalypse !

Na imagem podemos ver isso mesmo: Ultimate Magneto, Wolverine, Cyclops e Bishop com os fatos actuais. O clássico do Wolverine é o fato castanho, enquanto que o de Cyclops é o da altura
Claremont/Byrne. Muito porreiro, para os fanáticos como eu.

O facto de se poder usar muitas personagens torna o jogo muito variado, pois cada personagem tem um leque de poderes muito próprio, e todos estão muito bem caracterizados. Desde os relampagos e ciclones feitos pela Storm à telecinesia da Jean Grey; o teletransporte do Nightcrawler; os raios opticos do Cyclops; o ice sliding do Iceman; as cartas explosivas do
Gambit; as valentes cargas do Juggernaut que destroem tudo por onde passa; o fogo do Sunfire; está tudo muito bem representado, incluindo o lendário "fastball special" protagonizado pelo Colossus e Wolverine.


Os mais criticos dirão: "E depois? O primeiro jogo já tinha tudo isso. Este aqui é mais do mesmo?" A resposta é: em parte sim, mas com uma nova história para seguir, novas personagens e poderes para usar e novos desafios para vencer.

E que desafios. De entre os "bosses" de nível que já tive de enfrentar, contam-se nomes como Grizzly (ex-parceiro do Cable e Domino no Six-pack), Mikhail Rasputin (osso bem duro de roer), Sauron, Holocaust, Sugar-Man (nasty tongue) e Lady Deathstrike (ver imagem seguinte).


Outro pormenor interessante são os diálogos. O actor Patrick Stewart, que interpreta o Professor X no cinema, empresta também aqui a sua voz a essa personagem. Os restantes nomes - tirando Lou Diamond Phillips que faz a voz do Forge - não conheço. Mas posso dizer que se adequam aquilo que tinha em mente para cada personagem, principalmente no que diz respeito aos sotaques de tipos como o Colossus, Nightcrawler, Gambit, Rogue, Moira MacTaggert, etc etc.

January 11, 2006

Decimation

O que aconteceria se 90% da população mutante perdesse o factor X, passando a ser homo sapiens normais ? Boa idéia para uma série de titulos What If, correcto ? Errado. Neste momento, no universo Marvel normal, foi precisamente isso que aconteceu. A história House of M acabou de modo apocaliptico, com a Scarlet Witch a trazer de volta a realidade normal, mas com um senão preso às suas últimas palavras : "No more mutants".

A idéia era eliminar de vez o factor X, mas o máximo que conseguiu foi reduzir uma população de milhões de mutantes para a módica quantia de 198. É isso mesmo. De todos os mutantes que existiam antes, apenas 198 permanecem com os seus genes inalterados. O dia em que tudo mudou ficou conhecido como o M-Day.

Algumas das baixas são personagens conhecidas (Quicksilver, Polaris, Iceman, Jubilee, Chamber, Blob,...). Outras são apenas figurantes, mas cuja perca de poder tem resultado em momentos dramáticos como é o caso de antigos mutantes subaquáticos que de repente perderam a capacidade de respirar debaixo de água, ou voadores que perderam subitamente o poder de voar.

Se para muitos a perca daquilo que os tornava mutantes é recebido com agrado, para outros é como se de repente lhes tivessem cortado um membro. Imaginem o que seria viver a vida em câmara lenta, para aqueles que perderam supervelocidade. Ou a surdez que representa para um telepata perder a capacidade de ler pensamentos. Estes e outros exemplos podemos ler nos vários titulos X que a Marvel publica. E, ao contrário de outros tempos e histórias, até as mini-séries são importantes e contêm histórias que valem mesmo a pena ler.

Aqui ficam alguns exemplos de coisas que li e gostei.

X-Factor #1
Argumento : Peter David
Desenhos : Ryan Sook

Depois da mini-série Madrox, Peter David continua a desenvolver a personagem Jamie Madrox, o Multiple Man, inovando no modo como este usa o seu poder de criar réplicas de si próprio. Existem muitos mais aspectos a ser explorados nesta personagem que a simples criação de exércitos de réplicas, e David consegue fazê-lo de um modo natural e com as pitadas de humor a que nos habituou em tudo o que escreve. Nesta nova série, que começa logo com as consequências que Decimation está a gerar na comunidade mutante, Madrox expandiu a sua agência de detectives contratando mais uns quantos amigos. Syrin e M juntam-se a Guido e Wolvsbane, e no primeiro número tentam recrutar Rictor, que foi uma das vitimas do M-Day. O mote de X-Factor é "X-Pect the Un-Xpected", e o primeiro número cumpre com esse objectivo a 100%.

Generation M #1
Argumento: Paul Jenkins
Desenhos: Ramon Bachs

Sally Floyd é uma jornalista que tinha uma coluna de artigos sobre mutantes. Depois do M-Day, Sally passou a escrever sobre os ex-mutantes, e o modo como estes foram afectados por este evento. Os media não se cansam de Sally, e essa notoriedade faz com que um serial killer lhe enviasse fotos de ex-mutantes assassinados, com uma pequena nota "Not enough have died". Nesta mini-série de 5 números, vamos poder ver pelos olhos de Sally como foram afectadas personagens como o Chamber, o Blob, a Jubilee e outros mutantes mais desconhecidos que perderam os seus poderes. Mas o fio condutor da história, e responsável por bons momentos de suspense, será o acompanhar das investigações dos crimes dos ex-mutantes. Quem será o serial killer, e até que ponto corre Sally perigo? O tom desta mini-série é muito similar ao titulo The Pulse, de Brian Michael Bendis, mas com uma narrativa mais próxima de séries e filmes policiais, estilo o Seven. Li algures que Jenkins e Bachs serão a próxima equipa criativa desse titulo, com a substituição de Jessica Jones por esta nova personagem. Se assim for, vou de certeza voltar a ler Pulse.


Son of M #1
Argumento: David Hine
Desenhos: Roy Allan Martinez

Um dia na vida de Pietro Maximoff, homo-sapiens. Nesta mini-série o destaque vai para a personagem do Quicksilver, o causador de House of M e consequentemente do estado da nação mutante depois do M-Day. Ele próprio é uma das vitimas, e nas mãos do escritor David Hine irá tocar no fundo, antes de se reerguer... Se alguma vez o chegar a fazer. Hine consegue captar bem o lado humano dos mutantes e as implicações dos seus poderes, como o provou em District X. Em Son of M irá concerteza fazer um trabalho tão bom como nesse titulo.

Decimation irá continuar pelos restantes titulos de mutantes, como X-Men, Wolverine, New X-Men, etc. Grandes alterações e conflitos vêm por aí, e depois destes aperitivos mal posso esperar para pôr os olhos na mini-série X-Men: The 198.