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As séries que se seguiram conduziram o universo DC até ao tal momento do Infinite Crisis.
Days of Vengeance encarregou-se do lado mágico desse universo, através da perseguição cerrada a todas as personagens mágicas por parte do Spectre. Um grupo de mágicos de segunda categoria conseguiu fazer-lhe frente, mas mais personagens morreram.
Villains United viu os vilões da DC organizarem-se numa sociedade, de modo a enfrentarem obstáculos comuns. Um obstáculo inesperado foi o facto de nem todos os vilões quererem integrar essa sociedade, o que provocou confrontos entre vilões.
The Rann/Thanagar War tomou conta da parte cósmica da DC. Green Lanterns vários, Adam Strange, Hawkman, Hawkgirl, os Omega Men, etc, viram-se envolvidos numa batalha entre planetas, orquestrada por uma entidade maléfica do nível de tipos como o Darkseid e Thanos. Vale a pena ler a mini-série que antecedeu esta guerra, e que já existe em trade paperback (Adam Strange: Planet Heist, com arte excepcional de Pascal Ferry).
The Omac Project, por fim, foi aquela que de algum modo continuou mais a história principal de Countdown que ocasionou a morte do Blue Beetle. O grupo Checkmate apoderou-se do super-satélite Brother Eye, criado pelo Batman, para espionar todos os super-humanos. Munidos de informação critica, e com um exercito de Omacs sentientes em humanos normais, a organização Checkmate promoveu o caos pelas mãos do seu rei negro, Maxwell Lord. Esta história acabou por ter consequências noutros titulos DC, nomeadamente nas 3 personagens mais conhecidas desta editora : Superman, Batman e Wonder Woman. Depois de alguns eventos despoletados por esta história, a relação entre estes três nunca mais será a mesma.
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Em 2005 a DC decidiu realçar os pés de barro dos seus heróis.
A desconfiança que o Batman tem dos outros heróis foi levada ao extremo, depois dos eventos de Identity Crisis, em que se descobriu que alguns membros da JLA limparam recordações da mente de supervilões e do próprio Batman, sacrificando códigos de honra em prol da segurança dos seus entes queridos. O Omac Project mostrou como a paranóia do Batman pode afectar a segurança e paz mundial.
O Superman foi-se sentindo cada vez mais alienigena em relação ao planeta que o adoptou. A Wonder Woman viu-se forçada a escolher entre os valores morais que a sua posição na JLA e de embaixadora da ONU lhe obrigam, e os seus ensinamentos de amazona guerreira que lhe permitem aceitar que matar pode ser uma solução. Com tudo isto, o núcleo central da JLA foi afectado e o fim do super-grupo está iminente.
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grande herói é a força de vontade.
Quem regressou também foi a Donna Troy, numa mini-série de antecipação ao grande evento cósmico Infinite Crisis, cujo titulo é precisamente The Return of Donna Troy. O papel dela nesse evento parece similar ao da Harbinger, a assistente do Monitor de Crisis on Infinite Earths, a clássica história dos anos oitenta de Marv Wolfman e George Perez. Depois de ter morrido a combater um robot do Superman na mini-série Graduation Day que deu origem aos titulos Outsiders e Teen Titans actuais, eis que a Donna surge aqui como uma semi-deusa, responsável por reunir heróis para a batalha de Infinite Crisis. Bons desenhos de Phil Jimenez, mas uma história algo confusa.
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Quem também regressou do mundo dos mortos, mas com menos espectacularidade, foi Jason Todd, o segundo Robin, que tinha sido morto pelo Joker há vários anos atrás. Surge como o novo vilão Red Hood, nos titulos do Batman, dos quais me tenho mantido afastado por achar muito dispersos e com pouca qualidade. É curioso que Bucky Barnes (sidekick do Captain America) e Jason Todd (sidekick do Batman) tenham regressado no mesmo ano, como vilões.
Em 2005 os titulos do morcego tornaram-se ainda mais dispersos e confusos de acompanhar. Em Detective Comics, correu uma história em 12 partes escrita por David Lapham, o autor de Stray Bullets. Supostamente esta história passou-se antes do bat-crossover do ano anterior, War Games, mas foi interrompida a meio para duas partes de um novo crossover com o titulo Batman, sequela de War Games. Em Gotham Knights usou-se e abusou-se da personagem Hush. Em Legends of the Dark Knights sucederam-se mais histórias sem ligação às demais, com a diferença de que enquanto no passado este titulo era um meio de artistas de nome contarem histórias passadas do homem morcego, agora o titulo encontra-se na cronologia actual. Em Batman, Winnick e Mahnke voltam a por o titulo nos niveis de venda que tinha antes da run de Jeph Loeb e Jim Lee, ou seja, baixos.
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versão mais bruta e lunática que Miller traz a este Batman.
Não posso terminar este esforço de memória sem dizer qualquer coisa do trabalho de Grant Morrison na DC. No ano passado começou o Seven Soldiers de Morrison. O argumentista tratou de desenterrar algumas personagens secundárias da DC como o Guardian, Zatanna, entre outras. Supostamente esta história iria ser contada em várias mini-séries que, de algum modo, iriam estar relacionadas e iriam ter um grande significado para o universo DC. Penso que talvez a Infinite Crisis tenha ofuscado este evento, mas quem sabe não vamos voltar a ouvir falar mais
dele no futuro.
Por ultimo, mais umas palavras para dizer que em 2005 assistimos ao regresso de artistas que estavam algo afastados das pranchas. J Scott Campbell voltou para desenhar uma equipa de adolescentes - os Wildsiderz, e Joe Benitez apresenta uma história de misticismo guerreiro com muitos monstros à solta em Wraithborn. Quando falo de Campbell não consigo evitar lembrar-me dos seus colegas artistas da imprint Cliffhanger, mesmo caindo um pouco fora do universo DC/Wildstorm. Humberto Ramos está em grande forma na Dark Horse com Revelations, uma história de crime passada no Vaticano escrita por Paul Jenkins, o seu colega de outras guerras aracnideas. Quanto a Joe Madureira foi anunciado no ano passado como o futuro artista da terceira série de Ultimates, onde irá colaborar com Jeph Loeb.
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